michelle. 23 anos. filósofa na academia. vagabunda no mundo.
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diferenssas
5.2.10 - 4:07 p. m.
não me tornei alguma coisa, não me tornarei nada. estou, no entanto, em uma constante fase da vida na qual nunca imaginei estar. felicidade vem se tornando algo mais simples do que uma identificação profunda e a busca por choques térmicos ou, ao menos, choques.
felicidade parece ser chegar em casa após um dia desagradável e ver alguém por quem criei um imenso afeto, e viver uma vida nossa, nossa vida, e partilhar de rituais comuns que nos unem pra caramba. felicidade parece esse relaxar, esse ponto profundo após um episódio da vida, ou o próprio estar ao lado nos episódios da vida. e é essa vontade de estar junto de alguém que me move, que me faz ter estímulos para achar que alguma coisa tem sentido, que a história pode levar as coisas a algum lugar e que posso sim, de maneira sincera e visceral, atribuir valores a ações.
ao mesmo tempo, é esse sentimento de finalmente ver sentido em algo que também faz de mim uma megera. tenho mais voz, raiva, instintos de desconstrução, ciúmes, vícios.
mas sou eu, finalmente sentindo e vendo sentido em alguma coisa nessa vida. além da teoria, talvez. mas há quem considere aquém.