27.5.09 - 5:29 p. m.
não tenho mais acesso aos meus sentimentos e pensamentos imediatos. ultimamente tenho que buscar o que buscar, o que achar, o que pensar, que valor atribuir, circunstancialmente, a qualquer coisa que me aparece, que me parece.
sendo assim, meus instintos falam mais alto, a conveniência me guia e a calmaria da ilusão me rege. espero meus inimigos, que caminham rumo às minhas terras; parece-me que um dia chegarão, mas não faço idéia da data.
poderia procurá-los, persegui-los, armar-me. poderia ter a minha tropa, montar minhas estratégias, seguir as de alguém, mas não. não acredito e não sei sobre o que pode ser. não tenho certeza, não sei sobre o amanhã, ou o agora. não sei sobre o tempo, ou sobre o espaço. não entendo o significado do que pronuncio, do que pronunciam, do que é a linguagem, a compreensão, as regras, os acordos que me fariam algum sentido. mas as possibilidades são tantas que anulam suas forças que se voltam pra mim.
por isso, espero, apática.