michelle. 23 anos. filósofa na academia. vagabunda no mundo.


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4.5.08 - 2:19 a. m.


covardes, sobreviventes



sete dias. nove, dez, onze.

o relógio não pára, não pára. o sol nasce e se põe, e a sensação térmica oscila entre quente e fria.
as coisas estão as mesmas, mas insisto em acreditar que tudo será diferente agora. como sou hilária! mais uma, previsível, como todos os sobreviventes. com a fé, a maldita fé, a esperança que não me permite desistir.


eles, todos eles, usam aqueles enfeites. acessórios que precisam existir já que a própria existência não basta e, de repente, é até questionável. os anéis, as coisas com as marcas, o tênis encomendado porque um deus-eleito que já não toca sua arte há um tempo o usa.
usam em seus seres, também, uma roupa. estampa de arco-íris. bela, bela. poucos enxergam que são roupas.
já se está falando do real.


gostaria de saber quando conseguirei usá-las e incorporá-las em mim, como eles bem o fazem.
porque por agora eu observo, distingo a roupa do corpo, compartilho com os outros que também o fazem, sofro, saio, volto, visto uns modelos, saio, volto, tento agir.


e aí vou para o festival dos seres, que ainda existe.
lá as sensações não nos enganam, e vivemos delas, para elas. elas reinam, guiam, são por si mesmas.

sem palavras, sem a razão alcançada pelo planeta.
e lá
me sinto melhor.



por uma noite.



mas agora não parece o bastante.
não mais.






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