michelle. 23 anos. filósofa na academia. vagabunda no mundo.
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2.2.07 - 11:23 p. m.
do corredor escuro em que está, melina atira incansavelmente as pedras que tem em sua mochila para todos os lados desde alguns minutos atrás, quando percebeu a escuridão e deixou de enxergar e sentir o que estava ao seu redor. desconcentrada e intrigada com as pedras que criara e carregara por todos os seus 25 anos, decidiu se desfazer de todo aquele peso angustiante e confortante.
sentia-se tão leve que parecia flutuar, mas não sabia mais o que acontecia, devido ao escuro e à sua insensibilidade, conquistada naquele momento. não via mais luz, não sentia mais pesos. não conseguia pensar em mais nada.
uma angústia inexplicável e irracional tomou conta de sua alma, sentindo-se despreparada e inapta para qualquer pensamento ou pseudo-conhecimento que fosse. não sabia mais de nada, não queria mais nada de tanto querer. não estava, não via, não queria.queria, queria, queria.
caía e levantava ou rodopiava e fazia acrobacias ao voar e flutuar?