michelle. 23 anos. filósofa na academia. vagabunda no mundo.
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diferenssas
15.2.07 - 4:36 a. m.
observo o mundo, me dou conta do infinito e dos finitos palpáveis. penso no irracional, na vontade, nas emoções e intuições, que dão forma à pequena parte existente desse infinito, inalcançável para a nossa razão terrestre. o inconsciente que parece abstrato por ser figurativo de algo mais sutil e maior.
olho para o mundo e não me agüento. sinto-me tão extra, tão pequena, tão imunda, viscosa. e já não sei o que é bom ou melhor. respiro e tento me controlar, mas uma angústia me invade. aquela que emite ondas ao meu corpo a cada momento, me alertando de que não queria fazer parte desse sistema, desses critérios, dessas prioridades. mas vou tomar um café, ir a umas festas e me movimentar, pois penso que faço parte de alguma forma e não posso fugir por completo.
tento tirar o que me seria proveitoso em tudo isso, tento me adequar a situações do cotidiano e da matéria, mas me sinto estuprada, sem nenhuma espontaneidade.
por que, por que? a maioria é normal ou eu sou normal? "normal"? por que devo me adequar à maioria? obviamente terei de abrir mão de muitas coisas se desejar fazer e ser o que realmente quero, pois a maioria das coisas existem em função de todos esses sistemas, que dizem ser a "natureza".
no momento existem duas possibilidades em minha mente. a primeira seria assumir essa angústia e continuar desta forma, mas externalizando-a sempre através da arte, escrita e etc, e a segunda seria me isolar e me dedicar a coisas eternas, espirituais, buscando uma evolução e equilíbrio.
o único medo, então, seria o de abrir mão do que parece normal e é, claro, conveniente.
ou não...