michelle. 23 anos. filósofa na academia. vagabunda no mundo.
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diferenssas
27.12.06 - 3:44 a. m.
quatro da manhã.
a luz da sala do vizinho parece ser a única a existir em meio à escuridão e ao silêncio tão sonoro da madrugada. as teclas do computador batem e ecoam no quarto e soam como música para a minha mente e, talvez, para o mundo - quem saberá?
não penso em nada, nada me vem à cabeça, a não ser a vontade de algo que foge da minha compreensão.
surge o desejo pelo nada, pelo absoluto silêncio e o cessar das teclas, da música, das luzes e das existências.
tchau, mundo. volta amanhã, volta amanhã.
quero o amante e a estrela que brilha em sua mente em forma de inconsciente. quero o seu desejo, o seu mistério e a sua vibração.
quero a flor e aquele miolo amarelo que parece carregar bem mais que meras pétalas.
meras pétalas? as pétalas também possuem aquela coisa que não consigo decifrar, mas que me atingem como o celular da mulher do amante, vibrando em seu corpo a partir da bolsa.
quero o intenso, estou cansada do médio.
que caia o céu, que as ruas comecem a falar e pedir socorro.
que as árvores caiam em sincronia, lindas, como uma seqüência enfileirada de um dominó.
que você venha, grite, chore, e assuma o estado em que se encontra.
que o amante perceba que não, não é um amante, mas o amor sincero e livre que ocorre entre pessoas que almejam o misterioso.