michelle. 23 anos. filósofa na academia. vagabunda no mundo.


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26.10.06 - 5:39 p. m.





a vontade rege mesmo os sujeitos daqui.
vontade, sobretudo, de consumir, consumir, consumir.
consumir coisas, animais, pessoas, lugares, idéias, sentimentos, crenças, tempo. e pessoas, novamente. e pessoas, pessoas, pessoas.
como capitalistas esfomeados que são, vão à caça de uma pessoa a ser consumida. e então consomem, consomem. cansam do produto, a moda o tira de linha e assim o trocam.
trocam, trocam.
e consomem.
amores líquidos, nas lojas mais próximas de você!
venha, me possua.
cansou? adeus.
agora EU cansei - nossa, a prateleira de baixo é o máximo! ótimas marcas, parecem gostosas.

jogue no lixo, doe para uma instituição de caridade, guarde no canto do armário para quando quiser trocar novamente ou sentir saudades da combinação que ela fazia com aquela calça. ou venda para um brechó - será útil para novos consumidores e, afinal, existem várias pessoas como essa no mercado.
perca seus sentimentos e humanidade e consuma! para quê a troca cansativa de sentimentos, vontades, idéias? compartilhar uma vida? que anti-burguês! não se prenda a algo: consuma, mude, se distancie. viva nesse mercado medíocre de pessoas, vamos!

consuma, consuma.
é só isto que te resta.


guarde seus sentimentos e problemas para si e use os outros para seus prazeres e satisfações! faça freneticamente, para preencher o vazio da real falta de preocupação e sentimentos alheios por você. dessa distância, desse descaso com você e com tudo o que o cerca.
estão só te consumindo, também. e como bons pechincheiros, encenam o afeto como melhor forma de conseguir o produto: você.






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