michelle. 23 anos. filósofa na academia. vagabunda no mundo.


blogueiras feministas al-azurd confuzione     interiores oculares     sushi   
ato falho  post secret  last.fm  diferenssas  


5.4.06 - 2:27 a. m.


contra as paradas gays


gosto muito de gays. são únicos, fabulosos, amigos, sinceros e lindos. mas vamos combinar de que não existe nada mais ridículo do que a parada gay.

para começar, ninguém vai ali para lutar contra o preconceito (ok, talvez alguns simpatizantes ingênuos), mas sim para beijar o máximo de pessoas possíveis, se exibirem com seus trajes e produções e, claro, se divertirem observando. a parada gay é praticamente uma micarê para gays. mais glamurosa e criativa, mas ainda micarê.


além disso, psicologicamente falando, há um grande problema com a maioria dessas pessoas. imagine que héteros resolvessem fazer uma parada de héteros. um hétero convicto não iria gastar seu tempo indo para algo do tipo. só iriam três tipos de pessoas: as que vão para a micarê hoje em dia, com o objetivo de aproveitarem a justificativa da tal parada hétero para ficarem com o máximo de pessoas possíveis; os curiosos deste país, que ocupam grande parte de todos os tipos de eventos existentes; e, finalmente, aqueles héteros duvidosos, que em seu íntimo não sabem se são verdadeiramente héteros e, por isso, querem se afirmar, desfilando para todo o brasil saber que fazem parte daquele grupo, tentando assim enganar a si mesmos.


para quê fazer uma parada afirmando ser algo? se você realmente tivesse a convicção de que é aquilo, não precisaria fazer um alvoroço pelas ruas, atrapalhando o curso normal da cidade para simplesmente se auto-afirmar. fora isso, não acho nem um pouco chique e definitiamente aumenta o preconceito e as diferenças. a forma como a parada é abordada pelos próprios freqüentadores fazem com que as pessoas de fora a vejam como um desfile do ridículo, do engraçado, da comédia de ser gay.



gays convictos do que realmente são não vão a uma aberração dessas, acredite.
alguém avisa?






Site Meter