michelle. 23 anos. filósofa na academia. vagabunda no mundo.


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27.3.06 - 3:48 a. m.


einmal ist keinmal


"mas seria amor? estava persuadido de que queria morrer ao lado dela e esse sentimento era claramente exagerado: estava vendo-a então pela segunda vez na vida! não seria mais a reação histérica de um homem que, compreendendo em seu foro íntimo sua inaptidão para o amor, começa a representar para si próprio a comédia do amor? ao mesmo tempo, seu subconsciente se mostrava tão covarde que escolhera para sua comédia essa modesta garçonete de província que não tinha praticamente possibilidade de entrar em sua vida.


olhava os muros sujos do pátio e compreendia que não saberia se era histeria ou amor.

(...)


seria melhor ficar com tereza ou continuar sozinho?

não existe meio de verificar qual é a boa decisão, pois não existe termo de comparação. tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação. como se um ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida? é isso que faz com que a vida pareça sempre um esboço. no entanto, mesmo "esboço" não é a palavra certa porque um esboço é sempre um projeto de alguma coisa, a preparação de um quadro, ao passo que o esboço que é a nossa vida não é o esboço de nada, é um esboço sem quadro.

tomas repete para si mesmo o próverbio alemão: einmal ist keinmal, uma vez não conta, uma vez é nunca. não poder viver senão uma vida é como não viver nunca."




fascinante.






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