michelle. 23 anos. filósofa na academia. vagabunda no mundo.
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diferenssas
13.8.05 - 12:38 a. m.
as coisas poderiam ser mais bonitas, coloridas, estimulantes. poderiam me fazer uma pessoa mais feliz, menos ansiosa e compulsiva, menos talvez até perfeccionista (meu maior defeito - por ser excessivo e implicar assim em todas as minhas decisões e objetivos), mas tenho que admitir que não as deixo modificarem a minha vida por medo. medo de perder a minha independência, medo de me esforçar e dedicar por algo fingido, medo de ser inconstante demais, insensível demais, chata demais. medo de o meu jeito sistemático estragar tudo, de não sentir nada por exatamente ser sistemática e movida por coisas-difíceis demais. porque quando digo que meu lema é infelizmente e involuntariamente i'm only happy when it rains é porque é, e muito. não queria ser assim, mas o que acontece é que eu só gosto e insisto em algo enquanto é impossível ou pelo menos cheio de obstáculos e problemas.
acho que continuando assim minha vida vai se tornar algo engraçado. existem algumas opções:
1. michelle se torna uma filha única idosa e rabugenta com seus gatos e seu TOC de limpeza e organização, ocilando entre magra/gorda, talvez bulímica, indo para jantares de suas amigas e primas casadas, sendo incansável e constantemente perguntada sobre seus namorados, futuros casamentos, planos de vida e afins. expressões de pena vindas de todos ao seu redor serão constantes.
2. michelle se muda para o exterior e vive feliz e satifeita com suas amigas solteiras e fabulosas. algo como a carrie de sex and the city.
3. michelle, no seu mochilão de 2006 pela europa, encontra um cara agradável, insano e sano ao mesmo tempo, com a cabeça aberta tão exigida por ela, alto e rosado, que estranhamente ela se sente à vontade e feliz ao lado sem precisar de complicações, interessante, inteligente e topa-tudo (não achei o termo que queria, mas é isso mesmo). então eles decidem o seu futuro e vêem se dá certo.
4. michelle faz direito em brasília, em busca da estabilidade financeira e do comodismo que no fim está atrás. vai para o mochilão em 2006 e inclusive outros, mas apenas servem como experiências e aventuras. conhece alguém agradável em algum emprego, estágio ou algo do tipo por brasília, se casa, tem filhos e vive uma vida monótona, porém estável e sempre bem financeiramente.
5. michelle faz jornalismo em brasília porque ama escrever e à princípio ama o curso, sua feito uma condenada atrás de estágios, empregos, arranjos e todas as complicações que a profissão instável traz, viverá com pouco dinheiro, sem roupas, desempregada em alguns momentos, trabalhando para sites do tipo brasília na rede e outros e ganhando quantias insignificantes. suando muito, suando muito, suando muito, talvez se arrependendo e tendo uma vida totalmente instável. talvez viva solteira pra sempre, talvez ache alguém inesperado, talvez vire uma filha única idosa e rabugenta com seus gatos e seu TOC de limpeza e organização, ocilando entre magra/gorda, talvez bulímica, fumando e escrevendo até a morte.
6. michelle se muda para algum lugar do brasil para fazer moda. florianópolis ou curitiba provavelmente. lá terá uma vida nova, com pessoas novas e lugares novos.
7. michelle morre na juventude.
a segunda e a quarta opções são as mais viáveis e acho que as mais prováveis. a sétima é a menos porque odeio ter que mover e arranjar uma mudança, então acabaria desistindo antes. e sim, o mochilão é fato, já estou montando o começo do roteiro com a marcela (o meio e fim faremos por lá mesmo, de acordo com nossas vontades e dinheiro). vamos só nós duas, passar no mínimo 2 meses e sabe-se lá qual o máximo (na verdade planejamos passar 6 meses). espanha, portugal, alemanha, itália, inglaterra, holanda e grécia são alguns dos lugares que queremos passar. vamos ficar em albergues, trabalhar por lá e essas coisas. não vejo a hora! shaking paper - cat power